O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado amanhã, 25 de julho, reconhece a luta das mulheres negras contra as opressões sociais e busca valorizar a importância delas e suas contribuições. A data foi estabelecida há mais de 30 anos, em referência ao encontro de Mulheres Negras realizado em 1992, que visava à união e ao enfrentamento do racismo e do machismo.
No Brasil e em diversos países, as mulheres negras enfrentam disparidades e obstáculos no acesso a empregos formais, cargos de liderança e melhores condições de trabalho. Elas estão sujeitas a preconceitos, estereótipos raciais e discriminação, o que resulta em menor representatividade nos espaços profissionais e em diferenças salariais significativas em comparação com homens brancos e mulheres brancas.
Quando se trata de hierarquia no mercado de trabalho, os maiores cargos são ocupados respectivamente por homens brancos, mulheres brancas, homens pretos e mulheres pretas. Segundo os dados INSPER 2020, um homem branco tem salário 100% maior que uma mulher negra com mesma formação!
Esta data enfatiza a importância de combater o racismo estrutural e o machismo no mercado de trabalho. Reforçamos a necessidade de políticas e práticas inclusivas que promovam a equidade de gênero e raça, além de incentivar a valorização das competências e habilidades das mulheres pretas.
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha também nos lembra da necessidade de um ambiente de trabalho inclusivo, onde todas as mulheres, independentemente de sua cor de pele, tenham oportunidades justas e sejam valorizadas por suas contribuições.
Este dia representa uma oportunidade valiosa para promover a conscientização sobre a diversidade étnico-racial nas organizações, incentivando a implementação de ações afirmativas, tais como políticas de igualdade salarial, programas de desenvolvimento profissional e aumento da representatividade nas lideranças.