O que Steve Jobs, Silvio Santos e Eike Batista têm em comum? Em uma palavra: carisma. Em termos práticos, eles representam tão bem as empresas que dirigem ou dirigiam, que a saída deles pode gerar incertezas quanto ao futuro da companhia. Segundo consultores em matéria para o Canal RH, a ideia de continuidade é sempre a melhor solução para executivos que substituem um líder que é a “cara” da empresa. Mas é preciso deixar isso muito claro para o mercado e para os acionistas, seja por meio de reuniões ou de um comunicado oficial.
Para muitas empresas, é mais fácil quando o executivo escolhido para assumir o posto deixado por outro já faz parte da companhia. Steve Jobs, por exemplo, foi uma pessoa extremamente inspiradora e admirável. E essa inspiração com certeza contagiou outros profissionais na empresa. Aos poucos, o novo CEO pode fazer ajustes e imprimir sua marca.
No caso de empresas familiares, a sucessão é quase sempre considerada um tabu, pois remete à morte ou à doença do fundador. No entanto, é importante que o processo sucessório seja discutido sempre, e não na iminência do fato. Essa atitude deixa claro que a empresa fica e nós vamos embora e contribui para evitar o que podemos chamar de “efeito Jobs, Eike ou Silvio Santos”.