Muitos líderes tentam estimular seus funcionários a inovar, mas podem não estar o fazendo da forma correta, comprometendo os resultados. Doug Sundheim, especialista em estratégia empresarial americano, falou sobre o assunto à Bloomberg e, basicamente, identificou como erro das empresas tratar o fracasso como algo a ser evitado. Como agir, então? Focando nos erros inteligentes.
Para incentivar as pessoas a assumir riscos inteligentes, é necessário ter certeza de que elas não terão medo de falhar. O primeiro passo, então, é definir o que é um fracasso produtivo. Um projeto estruturado e bem planejado que, por algum motivo não deu certo, por exemplo, é um destes. Defini-los é importante para que todos conheçam os limites aceitáveis dentro dos quais é aceitável a falhar. Caso contrário, todas as falhas parecerão arriscadas, o que provavelmente vai matar a criatividade e a inovação.
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Especifique quais são as orientações, abordagens e processos que caracterizam a atividade de assumir riscos saudáveis. Forneça exemplos claros, tanto dos fracassos produtivos quanto das falhas bobas, e coloque em discussão por que eles são diferentes um do outro. Demonstre o que os produtivos têm em comum, para que as pessoas saibam como estruturar suas experiências.
Segundo Sundheim, em seguida deve-se recompensar as falhas inteligentes, além dos sucessos. Este hábito envia uma mensagem poderosa sobre que tipo de comportamento é incentivado na organização. Um exemplo é o programa do conglomerado indiano Tata Innovista, em que se premiam as melhores inovações do ano e também as melhores tentativas. Esta última forma de recompensa é chamada de “Dare to Try award”, algo como “se atrevem a tentar”, e contempla as falhas mais “bem executadas”.
Um bom líder com certeza já assumiu riscos para progredir na carreira, já teve sua cota de sucessos e passou por alguns fracassos memoráveis. Por que não compartilhá-los com a equipe? Por que não contar como cometeu erros, como aprendeu a mitigar os riscos, como lidou com as incertezas e como conseguiu chegar lá. Deixar o time ver o processo de decisão e como pesou prós e contras é importante para inspirar a inovação, assim como deixar todos saberem serão apoiados à medida que experimentarem e aprenderem a assumir riscos inteligentes.