Em 1967, os psiquiatras Thomas Holmes e Richard Rahe realizaram um estudo rigoroso para entender melhor a relação entre o estresse e algumas doenças. Em última análise, eles criaram as Escala de Estresse Holmes e Rahe, uma lista abrangente que classifica os 43 eventos mais estressantes da vida. Embora grande parte da escala seja previsível (morte de um dos cônjuges, por exemplo, está no topo da lista), vários fatores surpreendentes se destacam.
Um dos mais fascinantes é que a palavra “mudança” aparece em 15 dos 43 eventos listados. Além do mais, a escala não indica se essas mudanças são boas ou ruins. Por exemplo, a mudança na situação financeira, mudança para uma função diferente de trabalho e alterações das condições de vida estão todos listados. Independentemente do resultado, positivo ou negativo, o estresse associado permanece o mesmo.
A razão para isso gira em torno da própria natureza da mudança. Como seres humanos, somos criaturas de hábito. Qualquer mudança – boa, ruim ou neutra – vem com o potencial de perigo. Estamos evolutivamente ligados ao medo do desconhecido. Afinal, quando nossos ancestrais das cavernas interrompiam o status quo, suas vidas muitas vezes eram colocadas em perigo. Logo, sobrevivência dependia de consistência.
Não é nenhuma surpresa, portanto, que as mudanças em uma situação de crise são das mais estressantes. Assim como mudanças na carreira, seja qual for o motivo. Independentemente do quanto a mudança possa ser dramática, existe um risco inerente. Poderia ser a melhor jogada que você já fez, ou poderia ser um desastre. Não importa o quanto uma mudança é planejada, simplesmente não há previsão do futuro. Muitas pessoas deixam este risco inerente assustá-las e acabam ficando estagnadas.
Qualquer tipo de crescimento requer confronto ao medo e que se pese cada risco e cada possível recompensa. Especialistas aconselham que o melhor a se fazer é entender os riscos que serão enfrentados. Você tem tempo, dinheiro, recursos e apoio necessários para fazer essa alteração de forma confortável para você e sua família? Se não, o que está faltando? Quais são as possíveis conseqüências? O que você pode fazer para preencher as lacunas e reduzir o risco? E, ainda: se a mudança não foi planejada, como contornar a situação? É importante descobrir exatamente o quanto de risco se está disposto e é capaz de suportar. O que é aceitável e o que é demais? Que objetivo você está tentando alcançar?
Por fim, deve-se gerir a sua atitude em relação ao risco. E mudar sua perspectiva e olhar a mudança como uma aventura, uma oportunidade de crescimento. Não se debruçar sobre o risco.
,
______________________________________________________________________________________
A MSA RH aborda no blog assuntos de interesse do mercado de trabalho e procura divulgar informações relevantes para os leitores, englobando temas do ambiente corporativo, como carreira, negócios e recursos humanos. É importante frisar que todos os dados e pesquisas apresentados neste espaço são de responsabilidade de fontes confiáveis, como institutos de pesquisa e veículos de comunicação de reconhecimento nacional e internacional.
O objetivo é, portanto, traçar um panorama imparcial sobre o universo profissional e gerar discussões sobre temas atuais e essenciais não só a quem vivencia o meio de RH, como a todos os profissionais brasileiros. Seja bem-vindo e contribua sempre com seus comentários, opiniões e sugestões!