Aquele esquema de trabalho em que os funcionários batem ponto e têm sua produção controlada de perto por gestores está cada vez menos popular. A flexibilização é agora o conceito adotado em grande parte dos ambientes corporativos, um sinal dos tempos, em que as demandas profissionais mudaram bastante.
A rotina das grandes cidades é um dos fatores que causa essas transformações, já que, com a mobilidade dificultada, os profissionais tendem a buscar alternativas aos horários rígidos de expediente. O avanço da tecnologia móvel é outro fator de mudanças nas demandas dos profissionais contemporâneos, já que facilita a conexão e a troca de informações à distância, 24 horas por dia.
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A flexibilização, portanto, acontece tanto no horário de trabalho como no espaço e na autonomia dos funcionários e vem fazendo crescer uma forte tendência no mercado, chamada de Rowe (Results Only Work Environment, em inglês), algo como ambiente de trabalho de resultados. Trata-se de uma estratégia das empresas, que deixam de controlar o horário e o local de trabalho dos funcionários, focando somente na produtividade. Ou seja, a qualidade do trabalho e o cumprimento de prazos e metas vêm antes das exigências com horários e locais de trabalho.
A estratégia visa, além da qualidade de vida dos funcionários, aumento de resultados e retenção de talentos. Especialistas consultados pelo portal Porvir defendem que isso se dá pelo fato de que dar mais autonomia para os empregados diminui a rotatividade da equipe, pois a gestão do tempo é uma questão muito valiosa no meio corporativo. Isso é visível principalmente com os profissionais mais criativos, que costumam ser inquietos e precisar de mais liberdade para produzir. É a criatividade acima da disciplina.