Home office para reter talentos

Muitos sonham poder trabalhar de casa e administrar seu próprio tempo, fugir do trânsito das cidades e não ter que viver correndo para cumprir horários. Isso sem falar nos benefícios pessoais e familiares, como poder levar e buscar os filhos no colégio, participar das reuniões de pais na escola e acompanhar a rotina das crianças, além de ter mais tempo para estar com a família.

Para a empresa, as vantagens também são muitas e, segundo levantamento feito no ano passado por uma consultoria em remuneração, no Brasil quase 35% delas já são adeptas do trabalho remoto em pelo menos uma parte das horas cumpridas pelos funcionários (Canal do Empreendedor). Além da economia com espaços físicos e despesas com compra e manutenção de equipamentos tecnológicos, economiza-se também em aluguéis e contas de luz e telefone.

Alguns recrutadores declaram ainda que o home office pode ser uma carta na manga na hora da contratação, pois raramente um candidato recusa trabalhar remotamente, muito pelo contrário. Ter esta política, em muitos casos, é uma estratégia de atração e retenção para as empresas no momento de selecionar os melhores profissionais do mercado, já que 47% dos profissionais consultados em levantamentos sobre o tema julgam a prática altamente motivadora.

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Mas nem só de boas notícias vive o home office. É preciso considerar também os pontos negativos na hora de adotar este estilo de vida e trabalho. Entre as dificuldades da prática, profissionais apontam como as principais: se adaptar a dividir o seu local de trabalho com todas as distrações em casa, que vão desde a TV até os filhos, cônjuge e empregada; e criar uma rotina ainda mais organizada e ter muita disciplina para executar todas as tarefas sem a constante supervisão dos chefes full time.

Além disso, muitas pessoas que adotaram esta forma de trabalhar reclamam que passam mais tempo trabalhando do que se estivessem no escritório, com o horário certo para entrar e sair. Já para o empregador, uma das principais desvantagens é a dificuldade de perceber o retorno do rendimento do trabalho. Muitas vezes ele leva mais tempo para identificar se o funcionário escalado para o home office não se enquadra no perfil da empresa, afinal, quando a relação é diária, fica mais fácil fazer esta avaliação.

De qualquer forma, empregadores brasileiros têm aderido cada vez mais à modalidade e o país é um dos que observa o maior crescimento do trabalho remoto em suas companhias. Mas ainda há muito o que evoluir. Entre as que já permitem o home office, 60% utilizam o modelo apenas em algumas áreas específicas, como vendas, marketing, tecnologia da informação e recursos humanos, principalmente no setor de serviços.

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O objetivo é, portanto, traçar um panorama imparcial sobre o universo profissional e gerar discussões sobre temas atuais e essenciais não só a quem vivencia o meio de RH, como a todos os profissionais brasileiros. Seja bem-vindo e contribua sempre com seus comentários, opiniões e sugestões!

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