Provavelmente você já ouvir falar em síndrome de burnout, termo que, em inglês, significa queimar até a combustão. É cada vez mais comum falarmos deste esgotamento emocional por conta do excesso de estresse e trabalho, mas pouco se fala de um outro problema, a síndrome de boreout. A palavra, que vem do inglês “bored” (entediado), representa um mal inverso ao anterior e acomete muitos profissionais.
Segundo psicólogos, o boreout ocorre quando a falta da estimulação correta é o principal problema. Nestes casos, normalmente a pessoa tem capacidades acima do cargo ou da função, sendo subutilizada. Com o tempo, isso faz com que funcionários com grande potencial sejam, aos poucos, desgastados por essa cultura no trabalho, que visa a resultados muito aquém das possibilidades da equipe. Isso leva a algumas consequências, como tédio, desorientação com relação ao papel profissional, sensação de que se poderia fazer muito mais ou melhor do que é exigido, desinteresse e falta de identificação com o trabalho ou com a empresa.
Esta apatia em relação à vida profissional gera comportamentos nocivos tanto para a empresa quanto para o próprio colaborador. Ele teria capacidade para cumprir metas muito mais rapidamente, mas acaba empurrando com a barriga, procura trabalhar o mínimo possível e, para disfarçar essa situação, tenta passar a impressão de que está sempre ocupado. Outra característica comum desses profissionais é não tomarem decisões radicais para não correr riscos dentro da empresa, mas também sem fazer nada para melhorar seu desempenho ou a companhia para a qual trabalham.
As consequências do boreout para as empresas podem ser, obviamente, desastrosas. É de se imaginar que ter funcionários com a síndrome pode reduzir bastante a eficiência e os resultados da equipe como um todo. A situação é ainda mais grave quando quem sofre de boreout é um líder, já que ele pode influenciar o ritmo de execução de uma atividade por meio de sua própria demonstração de baixa performance. Isso faz com que a cultura da empresa, no geral, aproprie-se dessa baixa velocidade.
De acordo com psicólogos ouvidos por uma publicação de negócios internacional, algumas estratégias podem ajudar o líder a prevenir e combater a síndrome de boreout. Identificar os talentos e ambições de cada um de seus funcionários é uma delas. Uma boa estratégia é compará-los a jogadores de futebol e pensar na especialidade de cada um dentro do campo. Às vezes, a pessoa está em uma posição errada e a empresa desperdiça talentos. Estabelecer metas para a carreira junto com o funcionário também pode ajudar, pois ter um objetivo profissional faz com que seja possível enxergar o quanto a pessoa de fato entrega.
Os especialistas também deram a dica de permitir e estimular que os profissionais reflitam e busquem soluções para esse tédio no trabalho. Oferecer mais autonomia para os profissionais, de maneira que eles tenham a liberdade de poder experimentar processos e competências diferentes dentro do seu papel na empresa também pode ajudar a combater a síndrome.
,
______________________________________________________________________________________
A MSA RH aborda no blog assuntos de interesse do mercado de trabalho e procura divulgar informações relevantes para os leitores, englobando temas do ambiente corporativo, como carreira, negócios e recursos humanos. É importante frisar que todos os dados e pesquisas apresentados neste espaço são de responsabilidade de fontes confiáveis, como institutos de pesquisa e veículos de comunicação de reconhecimento nacional e internacional.
O objetivo é, portanto, traçar um panorama imparcial sobre o universo profissional e gerar discussões sobre temas atuais e essenciais não só a quem vivencia o meio de RH, como a todos os profissionais brasileiros. Seja bem-vindo e contribua sempre com seus comentários, opiniões e sugestões!