A diferença entre os salários de homens e mulheres ainda é discrepante. Profissionais do sexo feminino continuam com remuneração inferior e participação menor nas posições de liderança. No entanto, esta diferença pode diminuir, conforme informação muito curiosa revelada em um estudo elaborado por economistas da Aalborg University (Dinamarca), University of Maryland e da Columbia Business School (Estados Unidos). De acordo com a pesquisa, o salários femininos cresceram em relação aos masculinos após o nascimento da primeira filha do CEO da empresa.
Com base nos salários oferecidos a 734.200 trabalhadores dinamarqueses, o grupo de pesquisadores analisou as datas de nascimento e o gênero dos filhos dos presidentes dessas companhias. Eles perceberam que, nas empresas em que os CEOs tinham filhas, a diferença salarial entre homens e mulheres diminuiu 0,5% no mesmo ano. Quando a criança era a primogênita da família do gestor, a situação ficava ainda melhor para as funcionárias. Nesse caso, a lacuna na remuneração oferecida caía cerca de 3% e as mulheres receberam um aumento salarial médio sete vezes maior do que o oferecido aos seus colegas do sexo masculino.
Explica-se que o nascimento de uma menina causa uma revolução nas mentes dos CEOs. A ideia é que o pai que tem filhas se torna mais empático e compreensivo às questões femininas. A qualificação da funcionárias também pesou no balanço final, já que, quando as mulheres tinham uma qualificação melhor, a influência do nascimento de uma menina era ainda mais forte. Mesmo assim, todo esse efeito causado pelo nascimento das filhas só vale para empresas de pequeno porte, com cinquenta ou menos funcionários. Isso porque, segundo os pesquisadores, nesses ambientes os gestores estão mais ligados aos pacotes de salário oferecidos individualmente.
Fonte: Exame