Aumentam demissões por justa causa

Em um mercado de trabalho cada vez mais exigente, as demissões por justa causa estão aumentando, ainda que muitas empresas as evitem para minimizar riscos de processos trabalhistas. Não há dúvida de que, para o funcionário, ela é um ponto de inflexão, uma vez que as razões que levam a este tipo de dispensa quase sempre estão ligadas a aspectos comportamentais. Basta dizer que entre as faltas que constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho figuram ato de indisciplina ou de insubordinação, ato de improbidade e negligência no desempenho da função.

Os dados do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) revelam que o número de processos demissionais por justa causa vem aumentando. Em 2009 foram abertos 5.625 processos, movidos pelos empregadores com pedido de declaração de reconhecimento da justa causa. No ano seguinte, o número subiu para 7.847 e, este ano, de janeiro a outubro, o volume é superior ao registrado ao longo de todo o ano passado – foram 8.664 ações nos primeiros dez meses.

Imagem: Reprodução

É inegável que a demissão por justa causa é uma nódoa no currículo, pois se traduz em uma falta grave praticada em algum momento da vida profissional. Especialistas em carreira afirmam que o executivo que passa por uma situação desse tipo deve fazer um sério balanço da carreira para avaliar o que precisa ser modificado. A demissão não significa a impossibilidade de recolocação, mas indica a necessidade de uma profunda autoavaliação. Qualquer que seja a natureza do erro, a pessoa pode recomeçar sua nova vida e carreira, mas o importante é reconhecer o equívoco e corrigi-lo imediatamente. Manter-se atento às regras e procedimentos da empresa também pode ser determinante para evitar a demissão por justa causa. Cuidar da reputação é outro requisito fundamental. Como diziam os antigos, ela vale muito mais que ouro.

Fonte: Canal RH

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