Ansiedade

O Efeito da Ansiedade na Tomada de Decisão

Todos temos preocupações no trabalho, mas, fazendo uma reflexão, você diria o quanto elas influenciam no seu comportamento? Para investigar esta relação, até então apenas especulada pelas organizações, pesquisadores desenvolveram um estudo sobre o efeito da ansiedade na tomada de decisão dos líderes.

No levantamento, cujo resultado foi publicado no Strategic Management Journal, os pesquisadores pediram a 84 executivos americanos e europeus de vários setores, sendo principalmente CEOs, que descrevessem duas de suas mais difíceis decisões estratégicas, como aquisições, lançamentos de produtos e reestruturações. Eles, então, analisaram a linguagem usada para determinar se eles haviam focado, primariamente, nos potenciais ganhos ou na potenciais perdas. Para avaliar de forma mais ampla o grau de preocupação dos executivos, foram entrevistados também cônjuges, familiares, amigos e colegas próximos. Além disso, o histórico dos negócios, concorrentes e setores destes executivos também foram examinados.

Qual o impacto da ansiedade nessa liderança? 

A principal descoberta foi a de que líderes ansiosos correram menos riscos estratégicos do que seus colegas mais tranquilos. Em geral, a ansiedade reduziu o apelo das grandes apostas, apesar da possibilidade de grandes ganhos. No entanto, isso dependia muito do contexto: quando os líderes percebiam que o desempenho da empresa estava baixo, até os mais ansiosos se arriscaram, na esperança de virar o jogo. Quando a empresa ia mal, a tendência era que os executivos ansiosos colocassem na equipe apoiadores próximos e altamente confiáveis. Este fenômeno é denominado pelos psicólogos de “amortecedor social”.

Segundo a Harvard Business Review, que publicou sobre a pesquisa, estas conclusões têm várias implicações práticas. Para os membros do conselho, é importante perceber que o efeito amortecedor dificulta a supervisão, pois correligionários na equipe de alta gerência tendem a dar cobertura ao CEO em apuros. Por outro lado, se os conselheiros percebem que a aversão ao risco causada pela ansiedade do líder está prejudicando a empresa, eles podem conceder, ou aumentar, o pagamento baseado em ações, método conhecido por incentivar decisões de risco.

Embora devam dar atenção aos sinais de ansiedade no trabalho, líderes precisam estar cientes de que os efeitos da ansiedade na tomada de decisão vão depender das circunstâncias. Segundo os pesquisadores responsáveis pelo estudo, é possível que a ansiedade seja benéfica em certos contextos, como em setores estáveis onde a mudança ocorre lentamente. Mas que seja prejudicial, por exemplo, em setores turbulentos onde a mudança ocorre rapidamente.

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O objetivo é, portanto, traçar um panorama imparcial sobre o universo profissional e gerar discussões sobre temas atuais e essenciais não só a quem vivencia o meio de RH, como a todos os profissionais brasileiros.

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