Alguns executivos, depois de muitos anos de carreira, passam a se reportar a chefes mais jovens. Mesmo quando se tem noção da competência deles, é comum que haja alguma resistência à nada fácil situação – muitas vezes pelo fato de que o profissional com muitos anos de estrada se acha superior ao chefe em vários aspectos.
O profissional mais jovem, por sua vez, deve lidar não só com o possível mau humor que esta resistência pode causar, como com a dificuldade em lidar com a tecnologia e a inovação que, normalmente, os mais velhos possuem. Estes preferem uma conversa “cara a cara” e pessoal, característica que vai de encontro com o típico estilo de comunicação dos mais jovens, mais focado em mensagens instantâneas e afins.
O caso é mais comum nos dias de hoje do que se imagina: uma pesquisa recente com 5.000 trabalhadores, realizada por um site de empregos americano, descobriu que 43% dos que possuem mais de 35 anos atualmente trabalha para um chefe mais jovem. Antes, os profissionais se tornavam diretores de empresas, no mínimo, a partir dos 40 anos. Atualmente, encontramos pessoas nessas posições com 30 anos ou menos.
Em um artigo da Forbes, dois consultores com alguma experiência no assunto deram suas dicas para facilitar este tipo de relação. Robin Throckmorton, co-autor do livro Bridging the Generation Gap: How to Get Radio Babies, Boomers, Gen Xers and Gen Yers to Work Together and Achieve More, incentiva os mais experientes a tomar a iniciativa e ter uma conversa com seu chefe sobre como favorecer a comunicação entre eles.
Segundo Claire Raines, co-autora da publicação Generations at Work: Managing the Clash of Veterans, Boomers, Xers, and Nexters in Your Workplace, estes profissionais devem adaptar – se ao estilo de comunicação do chefe mais jovem, em vez de tentar lutar ou mudá-lo. Ela acredita que os mais velhos têm muito a aprender sobre coisas como a diferença entre mensagens de texto e e-mail, por exemplo. E aconselha: mesmo quando eles se esforçam para aprender novas formas de comunicação, não devem esperar reciprocidade. “Você precisa adotar os hábitos do seu chefe. Não espere que ele aprenda o seu”.
Throckmorton e Raines concordam que os executivos mais experientes não devem presumir que a idade é garantia de respeito de um jovem supervisor. “Você tem que conquistar este respeito”, diz Throckmorton. Outra suposição comum e equivocada: a de que o chefe mais jovem quer ou precisa de um mentor. Os profissionais mais velhos têm esta tendência, Throckmorton observa. Para Raines, isso não funciona.
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