Demitindo os gerentes

Um artigo recente da Harvard Business Review expõe a seguinte ideia: vamos demitir todos os gerentes. Parece radical demais? Pois a proposta é criar uma organização que combina disciplina gerencial com a flexibilidade de um mercado — sem gerentes, cargos de chefia ou promoções.

Pense nas inúmeras horas que líderes de equipe, chefes de departamento e diretores dedicam a supervisionar o trabalho de outros. A maioria dos gerentes é trabalhadora; o problema não está neles. A ineficiência decorre de um modelo de gestão centralizada que é a um só tempo inconveniente e oneroso. É lançada, então, a seguinte pergunta: É essencial ter escalões de executivos supervisionando trabalhadores?

Segundo o artigo, gerentes custam caro, aumentam o risco de más decisões, retardam o processo decisório e, não raro, privam funcionários de autonomia. A maioria das atividades de uma empresa requer, no entanto, uma coordenação maior do que a que um mercado pode garantir.

Existe um jeito de combinar a liberdade e a flexibilidade do mercado com o controle de uma hierarquia administrativa? Economistas dirão que é impossível, mas a  Morning Star Company, empresa de alimentos americana com faturamento de mais de U$ 700 milhões, prova o contrário e vem se virando sem gerentes há mais de duas décadas. Lá, ninguém tem chefe, trabalhadores negociam responsabilidades com colegas, qualquer um pode desembolsar dinheiro da empresa e todo indivíduo é responsável por obter as ferramentas necessárias para desempenhar suas funções.

Ao fazer da missão o chefe e dar poder de verdade a todos, a empresa cria um ambiente no qual todo mundo pode gerenciar a si mesmo. Veja nos quadros abaixo as vantagens e desvantagens deste modelo:

Imagens: Harvard Business Review

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