Trabalho individual ou em grupo? Mesmo que em um ambiente corporativo as competências individuais sejam importantes, a capacidade de trabalhar em grupo é essencial. Tanto é que a habilidade é cada vez mais desenvolvida nas escolas.
E não é de hoje que psicólogos estudam o comportamento das pessoas quando trabalham em equipe. Agora, três professores universitários americanos chegaram a novas conclusões sobre o assunto. Eles escreveram um artigo para o The New York Times (“Why Some Teams Are Smarter Than Others”) sobre um estudo que conduziram, em que analisaram os fatores que levam alguns grupos a terem melhor desempenho do que outros.
Segundo matéria do portal Porvir, a pesquisa foi feita com 697 participantes em equipes de dois a cinco membros, que tiveram que completar várias tarefas como análise lógica, brainstorming, coordenação, planejamento e raciocínio moral. Cada participante realizou um teste individual de QI, mas surpreendentemente os grupos que possuíam uma média de QI’s mais elevada não foram melhor em tarefas de inteligência coletiva do que os com QI médio mais baixo. Nesse momento, a motivação e a extroversão de membros dos times também não mostraram ter algum impacto no resultado final.
Curiosamente, as equipes mais inteligentes se destacaram por três características:
1) Estes grupos trabalharam de forma mais equilibrada durante as discussões entre os membros, ao invés de deixar uma ou duas pessoas dominarem os debates.
2) Os membros dos grupos que se destacaram tiveram uma maior pontuação em um teste chamado de Reading the Mind in the Eyes (lendo a mente pelos olhos), que mede o quanto as pessoas conseguem ler e interpretar emoções dos outros a partir de imagens de rostos onde apenas os olhos ficam visíveis.
3) Por fim, outra característica em comum destas equipes é que elas possuíam um maior número de mulheres do que de homens. Esse último item foi parcialmente justificado pelo fato de que as mulheres costumam, em geral, ir melhor no teste de leitura de emoções do que os homens.
Já um outro estudo dos mesmo autores avaliou também a interação online entre os grupos, já que este tipo de colaboração, com ferramentas como Skype e até o e-mail, é cada vez mais utilizado nas empresas. A intenção era comprovar se os grupos que desenvolvem projetos complexos trabalhando por ferramentas de mensagens escritas demonstrariam ter inteligência coletiva.
Os ingredientes determinantes para uma equipe ter um melhor desempenho mantiveram-se os mesmos, independente do modo de interação, inclusive a leitura de emoções, que também apareceu como fator importante mesmo para grupos que trabalharam online. “O que determina a inteligência de um grupo não é apenas a habilidade de ler expressões faciais, mas uma habilidade mais geral, conhecida como ‘Theory of Mind’ (ou teoria da mente, em português), que considera e acompanha o que as pessoas sentem, sabem e acreditam”, concluem.
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