Líderes com competências emocionais

O empresário brasileiro ainda não consegue convergir competências racionais e emocionais. Para Betania Tanure, professora da PUC em Minas Gerais e colunista do Valor Econômico, essa soma de características é fundamental para o dirigente de uma empresa e foi encontrada, de acordo com pesquisa, em apenas 7% dos executivos. “A grande competência instalada no mundo corporativo é a racional, mas os empresários ainda precisam aprender a ser líderes e lidar com as pessoas”, disse Betania.

Em debate organizado com empresários pela revista britânica “The Economist“, a consultora afirmou que o gestor tende a se achar melhor do que ele realmente é – e acaba fechando os olhos para as críticas e o aperfeiçoamento que poderiam vir da relação com o subordinado. O funcionário, por sua vez, poderia ajudar o chefe a desenvolver as atividades para as quais ele não está devidamente preparado. Apesar dessa relação já ter sido muito discutida em políticas de gestão, ela ainda não foi concretizada no país, o que deve acontecer nos próximos anos. “No Brasil, em dez anos, o líder também conseguirá capturar o que há de melhor nos seus funcionários, em vez de tentar mudá-los para o seu próprio jeito de trabalhar.” Na opinião da consultora, o executivo brasileiro é muito autoritário e isso, para ela, é um ponto negativo. “O líder precisa ter competência para montar uma equipe forte, que o complemente”, diz Betania.

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