Balanços feitos recentemente, entre eles o divulgado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação, têm revelado com frequência que o número de mestres e doutores dobrou em dez anos, saltando de 26 mil para 53 mil. Deste total, 12 mil são doutores e 41 mil são mestres. Segundo os próprios acadêmicos, o crescimento reflete mudanças socioeconômicas e educacionais ocorridas no Brasil na última década.
Para especialistas, o aumento no número de pesquisadores no Brasil ocorreu devido à demanda por esse tipo de profissional. Os últimos anos coincidiram com um crescimento econômico, social e educacional. Desde 2004, quando foi criado o ProUni (Programa Universidade Para Todos, que oferece bolsas de estudo em universidades particulares), a oferta educacional e a demanda por novos professores universitários cresceram bastante.
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Eles avaliam o aumento da procura pela carreira acadêmica como positivo, uma vez que garante a oferta de profissionais mais qualificados para o ensino superior. Esse crescimento no número de mestres e doutores pode preencher, em uma ou duas gerações, uma lacuna na formação de professores que existe desde o final dos anos 40.
Para acadêmicos, o Brasil tem uma grande carência de mestres e doutores e essa procura é um bom sinal, uma vez que precisamos formar mais especialistas para nos posicionar como um país que produz conhecimento de vanguarda, junto a outros economicamente mais fortes.
Acredita-se que os maiores desafios da carreira encontram-se na obtenção de recursos para o desenvolvimento de pesquisas de alto nível. Apesar das dificuldades, principalmente financeiras, todos concordam com a importância da pesquisa na pós-graduação, que tem um valor histórico e social muito grande.
Informações: Canal RH