Investir em um MBA executivo, curso com carga horária menor do que os programas em tempo integral, ainda traz retorno significativo na remuneração. O jornal Financial Times, que divulga anualmente um ranking com os melhores MBAs executivos do mundo, utilizou dados dos últimos cinco anos para comparar os salários de profissionais antes e depois de financiar um programa de EMBA.
Três anos depois de formados, estudantes que pagaram sozinhos pelo programa de MBA executivo reportaram um aumento salarial médio de US$ 38.078 (cerca de R$ 66 mil). O incremento alcançado nos dias de hoje, no entanto, é menor do que cinco anos atrás. Segundo o levantamento, o aumento na remuneração pós-MBA caiu de 55% para 43% no período. Os alunos que financiaram o curso com recursos próprios foram menos prejudicados e apresentaram incremento no salário dois pontos percentuais maior do que aqueles que recorreram a bolsas integrais ou parciais.
As escolas da Europa continental (não inclui o Reino Unido) foram as que mais apresentaram queda no período: em 2007, o aumento na remuneração era de 88% e hoje é de 53%. No entanto, quem estuda nas instituições europeias ainda consegue um ganho maior no salário do que os executivos que fazem o EMBA em escolas de outros continentes, já que a média mundial de incremento na remuneração fica em torno de 40%.
A pesquisa também concluiu que profissionais que mudaram de país depois de completar o curso obtiveram incremento salarial acima da média. Entre mais de 5 mil alunos graduados em 2008, 14% trocaram de país em relação a onde moravam antes de fazer o curso e 90% desses disseram que o programa ajudou a aumentar sua remuneração, contra 84% da média geral.
Fonte: Valor Econômico