A crise da moeda europeia está fazendo mais uma vítima: o estudante de MBA. Depois de passar décadas construindo escolas de administração que sejam competitivas no âmbito mundial, o continente europeu está descobrindo que a atual fase econômica difícil está cortando seus rendimentos.
Os pedidos de matrículas em dois terços das escolas de negócios da Europa caíram no ano passado, depois de subir de forma constante durante anos, segundo o Conselho de Admissão de Estudos Pós-Graduados em Administração, que ministra o exame vestibular comum às escolas de negócios.
Em algumas escolas o número de candidatos caiu em mais de 10% – e isso foi antes que a última rodada de problemas da zona do euro se agravasse, em meados do ano passado. Escolas na Suíça e no Reino Unido, que são mais estáveis economicamente, porém mais caras, também foram afetadas.
Imagem: Reprodução
Para os estudantes europeus que podem pagá-las, as escolas no exterior são vistas como um bilhete de ingresso para os países onde os empregos em nível de pós-graduação podem ser mais abundantes. Outros esperam conseguir vagas nos campus de escolas europeias instalados em outros países.
Sem dúvida a Europa não é a única região que mostra mudanças na demanda pela pós-graduação em negócios. Nos Estados Unidos os pedidos de MBA deram um salto no início da recessão, mas essa tendência está se invertendo, agora que a economia continua frágil. Mesmo assim, segundo o Conselho de Admissão em Estudos Pós-Graduados em Administração, os pedidos nos EUA caíram 5,7% em média para a turma iniciada em setembro passado, em comparação com um declínio de 10,5%, em média, para os pedidos na Europa.
Fonte: The Wall Street Journal