Mulheres sofrem mais de estresse

As mulheres podem até não ter conquistado, ainda, a merecida igualdade no mercado de trabalho, mas ninguém duvida de que elas se dedicam à carreira tanto quanto os homens. Apesar disso, o estresse provocado pela rotina profissional e pelos compromissos do dia-a-dia é muito mais forte nelas, o que pode até causar um impacto negativo na produtividade.

Esta descoberta foi feita por um levantamento do Programa de Avaliação de Estresse da Beneficência Portuguesa de São Paulo. O estudo apontou que 60% dos pacientes estão apresentando estresse crônico, sendo que, para cada homem nesta situação, duas mulheres são diagnosticada com o problema. O motivo é, principalmente, a sobrecarga de trabalho, mas o estresse também é gerado por fatores como demandas no casamento e o pouco tempo para dedicar aos filhos.

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Já de acordo com uma consultoria de carreira, 57% dos profissionais (homens e mulheres) admitem trabalhar – frequentemente ou sempre – além da carga horária prevista. Além disso, 70% das mulheres ouvidas acreditam que o ritmo de trabalho interfere na capacidade na capacidade de tomar decisões, e 77% das executivas estressadas consideram mudar de trabalho.

Especialistas em Gestão do Estresse da Beneficência Portuguesa apontam, ainda, que 90% das mulheres que procuram por terapia têm queixas relacionadas a carreira, família ou relacionamento. Normalmente mais detalhistas do que os homens e com capacidade de cumprir multitarefas, provavelmente os principais fatores pelos quais as profissionais do sexo feminino sofram mais de estresse sejam, justamente, o acúmulo de responsabilidades e a pressão de conquistar o mesmo espaço que executivos homens possuem.

Seja quais forem os motivos, solucionar a questão é imprescindível, já que o estresse crônico aumenta muito as chances de quadros de ansiedade, pânico e depressão. E, segundo um artigo do Therapeutic Advances in Cardiovascular in Disease (Avanços Terapêuticos em Doenças Cardiovasculares), as mulheres têm de 30 a 40% de chances a mais que os homens de desenvolverem doenças cardiovasculares, que têm aumentado devido ao atual estilo de vida delas.

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