Apesar do cenário de desemprego vivido no Brasil e o grande volume de mão de obra disponível no mercado, é curioso pensar que cerca de 40% das empresas brasileiras não conseguem preencher vagas de nível técnico no estado de São Paulo. E isso ocorre porque faltam candidatos com as competências necessárias para estes postos de trabalho, segundo o estudo “Novas habilidades no trabalho – Desenvolvimento de competências que levam ao crescimento econômico”, feito em parceria entre a Fundação JP Morgan Chase, o Conselho das Americas (COA) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
De acordo com o levantamento, a produtividade brasileira está em queda livre há cerca de 40 anos, na contramão do que ocorreu com outros países do mundo. As causas do problema incluem diversos fatores conjunturais, como a falta de eficiência do poder judiciário, a pouca qualidade dos instrumentos de crédito e escassez no acesso à informação. Além disso, o Brasil protege e favorece empresas ineficientes, que jogam o desempenho médio do país para baixo.
Uma matéria da Exame sobre o estudo afirma que o baixo nível de qualificação da mão de obra é uma das principais explicações por trás do atraso e que, consequentemente, a reversão desse problema é imprescindível para a retomada do crescimento econômico do país. Um dos pontos levantados é que os brasileiros são fixados na ideia de ter um diploma de graduação e acabam se formando em áreas como administração ou direito, que não são tão solicitadas pelo mercado atualmente.
Uma saída para os jovens, os mais atingidos pelo desemprego, é apostar em cursos técnicos, sobretudo na área de TI (Tecnologia da Informação), que oferecerá cada vez mais postos de trabalho. Este seria um movimento benéfico tanto para aumentar a empregabilidade do jovem quanto para tirar o Brasil da crise.
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