Países emergentes estão entre os destinos mais comuns para executivos realocados para projetos em outros países, e a tendência é que a prática aumente nos próximos anos. É o que indica uma pesquisa da ECA International com quase 300 empresas globais que, juntas, possuem cerca de 92 mil profissionais atuando em outros países.
Nos últimos anos, 61% das empresas reportam que aumentaram o número de executivos realocados em outros países, número maior do que a expectativa, segundo a pesquisa anterior, que era de 50%. O otimismo continua presente entre as empresas: 62% preveem aumento no número de expatriados para os próximos anos. Apenas 8% pretendem diminuir esse número, resultado da estratégia de corte de custos ou de substituir executivos estrangeiros por profissionais locais. As 30% restantes não preveem mudanças significativas, ou consideram o momento econômico muito incerto para fazer previsões.
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O estudo aponta que os destinos mais comuns para expatriados atualmente são os mercados emergentes, onde a demanda por profissionais qualificados é maior do que a oferta. Dos 25 países que recebem executivos estrangeiros com mais frequência, dois terços estão localizados na Ásia, Oriente Médio e América do Sul.
A principal razão para apostar em projetos no exterior continua sendo a necessidade de montar novas operações, citada em primeiro ou segundo lugar por 72% das empresas. Outros motivos importantes são a transferência de conhecimentos técnicos e a necessidade de preencher “gaps” de competências – este último aumentou de 33%, em 2010, para 46% hoje. O desenvolvimento da capacidade de gestão dos profissionais expatriados também se posiciona como uma razão cada vez mais relevantes para as empresas. Hoje é citada por 50% das companhias, contra 40% em 2008. Para as empresas, representa a oportunidade de desenvolver uma equipe de executivos com “experiência internacional suficiente para liderar uma organização global”.
Fonte: Valor Econômico
