A incapacidade das pessoas em mudarem de emprego pode não ter nada a ver com os possíveis riscos da nova profissão, o medo do desemprego ou até a indefinição de sua nova fase profissional. Grande parte das pessoas que gostariam de mudar suas carreiras ainda não tomaram essa decisão por causa dos mesmos motivos.
O condicionamento é um deles. Cientistas afirmam que a melhor forma de treinar alguém é recompensar essa pessoa pelo comportamento correto em intervalos aleatórios. O mundo corporativo está repleto de esquemas de reforços variáveis, como reconhecimentos espontâneos, promoções e bônus inesperados ou um novo ótimo cliente. Estes são, na realidade, prêmios que nos condicionam inconscientemente a continuar a trabalhar da mesma forma ou no mesmo lugar.
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Outro motivo é que suas perdas são mais visíveis do que nunca. Então, se seu novo empreendimento ou projeto dá errado, todos os seus amigos irão saber. Por que isso importa? É amplamente aceita a idéia de que a maioria das pessoas é contrária a riscos. Elas irão escolher a alternativa garantida ao invés da opção que apresenta mais potencial, porém maiores riscos. Na atualidade, as perdas pessoais e profissionais são mais visíveis e amplificadas do que jamais foram, de forma que deixar o conhecido e familiar para trás é muito mais difícil, mesmo se ele for indesejado. Isso significa que a maioria das pessoas, que já eram extremamente cautelosas, estão ainda mais apreensivas na hora de mudar.
A satisfação prematura também é um fator que dificulta as mudanças de carreira. O livro The Progress Principles, de Teresa Amabile e Steven Kramer, defende a ideia de que, ao acumular pequenas vitórias, podem-se alcançar grandes resultados. Ao invés de escalar a primeira montanha que você encontrar pela frente, busque a maior montanha possível. Não mantenha um foco muito estreito ou se contente com ganhos adicionais, mas busque sempre evoluir e expandir suas capacidades para além da zona de conforto.
Fonte: Universia
