A redução do crescimento econômico, tanto nos países desenvolvidos quanto em nações em desenvolvimento, mudou o perfil de executivo que as empresas precisam. Segundo especialistas, ao longo dos próximos 12 anos, um novo estilo de liderança será necessário para garantir a expansão das empresas. A agilidade e a capacidade de delegar funções às pessoas certas serão qualidades necessárias em um cenário menos favorável.
Um artigo publicado no Estadão defende que um líder ágil precisa saber escalar os jogadores certos nas posições certas. É preciso que seja como um técnico de futebol, sempre ciente das características de cada membro de seu time. Em multinacionais, será preciso traçar estratégias pensando em todas as subsidiárias, e não apenas no talento concentrado na sede.
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Mesmo negócios aparentemente ameaçados de extinção podem encontrar nichos para sobreviver. É o que ocorreu com as livrarias independentes nos Estados Unidos. Enquanto grandes redes se viram obrigadas a fechar dezenas de lojas ao redor do país, as livrarias que oferecem uma experiência mais íntima ao consumidor estão sobrevivendo à ofensiva da Amazon no setor. Nesse caso, vale novamente a lógica dos esportes. As empresas precisam saber atacar e defender. Por isso, os ‘jogadores’ da equipe precisam ter habilidades diferentes.
A importância da capacidade de adaptação a tempos difíceis aumenta o cacife do profissional brasileiro. Por causa das crises que viveu desde os anos 80, o Brasil é um verdadeiro centro de treinamento para um executivo aprender a lidar com flutuações econômicas. O novo perfil de executivo exige habilidade de confiar nas experiências prévias para tentar um novo caminho. Ele não precisa ser o intelectualmente mais brilhante, mas precisa saber agir quando as situações se apresentam.
Para evitar a “sangria” de talentos, os líderes precisam ser treinados para cargos de chefia desde os primeiros estágios da carreira. A empresa deve identificar seus potenciais chefes bem antes de eles chegarem aos cargos de diretoria, como geralmente acontece. Segundo o artigo, os talentos devem ser catalogados com pelo menos sete anos de antecedência, para que a capacidade profissional seja testada em vários ambientes de “estresse”.