Quando dizem que os profissionais norte-americanos são mais eficientes que os brasileiros, não é exagero. Um levantamento do Conference Board, organização que reúne cerca de 1.200 empresas públicas e privadas de 60 países, concluiu que quatro trabalhadores brasileiros são necessários para atingir a mesma produtividade de um dos Estados Unidos.
Este resultado está cada vez pior, e está próximo do nível dos anos 1950. Em 1980, por exemplo, um brasileiro tinha produtividade equivalente a 40% da de um americano, enquanto hoje está em 24%. Estes dados refletem o baixo nível educacional no Brasil, a falta de qualificação da mão de obra, os gargalos na infraestrutura e os poucos investimentos em inovação e tecnologia no país. A comparação considera como indicador a produtividade do trabalho, uma medida de eficiência que significa quanto cada trabalhador contribui para o PIB de seu país.
Segundo matéria da Folha de S. Paulo, o baixo nível educacional no Brasil é destacado como um dos mais graves problemas para uma economia que precisa crescer e aumentar o padrão de vida da população. Para se ter uma ideia, a média de qualificação que um americano recebe varia de 120 a 140 horas ao ano, enquanto no Brasil são 30 horas por ano.
A dificuldade de competir se acentua com a carga tributária maior, os juros altos, os custos trabalhistas, riscos cambiais e outros fatores que encarecem a produção. As condições desfavoráveis, que também incluem maior inflação, levam o setor produtivo a cancelar ou adiar investimentos.
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