Em janeiro, o índice de confiança dos empresários, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV indicou que o mercado começa a reagir positivamente em relação à crise. Cinco dos seis indicadores que medem as expectativas em diferentes setores da economia voltaram a crescer, comparativamente com o final do ano passado (embora ainda estejam em um patamar muito baixo). Em outras palavras, o empresariado começa a ver uma luz no fim do túnel – e talvez o pior da crise tenha de fato ficado para trás.
O maior índice de retomada na confiança foi visto na indústria. Ele avançou 2,6% em relação a dezembro, para os empresários so setor, atingindo 78 pontos. Mas crescimentos parecidos foram registrados também em outros setores, como nos serviços (2,8% de alta), no comércio (6,4%), no consumidor (2,5%) e no emprego (5,4%). O único setor que não se mostra um pouco mais confiante neste início de ano é o da construção civil. Veja no gráfico abaixo:
Fonte: Folha de S. Paulo
Mas o que será que estes resultados positivos significam de fato? Os especialistas ouvidos pela Folha de S. Paulo são conservadores em suas opiniões. Para eles, pode ser que tenhamos atingido o piso desses indicadores no final do ano passado e que seja cedo para crer em reversão sustentável. Eles acreditam que a queda dos índices de confiança podem significar não que a economia tenha melhorado, mas que a atividade pode já ter atingido o pior nível possível.
De qualquer forma, não há dúvidas de que ainda temos um longo caminho pela frente para retomarmos o crescimento da economia, porém é importante dar o primeiro passo e, principalmente, interromper a trajetória de queda da confiança. Na sua opinião, o pior já passou?
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