Como anda a sua saúde financeira? Segundo especialistas, a preocupação com esta área reflete diretamente na produtividade de um profissional e no seu estado de saúde. A pesquisa Global Benefits Attitudes, realizada no ano passado com empregados de grandes empresas brasileiras, apontou que 62% dos trabalhadores brasileiros estão preocupados com a própria saúde financeira, sendo que 22% dos ouvidos afirmam estar com dificuldades reais e preocupados com as finanças no curto e no longo prazo.
Do total de funcionários pesquisados, apenas 38% afirmam não estarem preocupados nem no curto, nem no longo prazo com a sua situação financeira, percentual bem abaixo do índice global (47%) e também em comparação com os trabalhadores americanos (48%) e europeus (52%).
O impacto da preocupação financeira atinge diretamente a produtividade dos empregados: dentre os que apresentam dificuldades financeiras, apenas 31% estão altamente engajados com o trabalho. Este percentual de altamente engajados chega a 54% quando olhamos o grupo de despreocupados. A lógica é a de que, se você tem uma boa organização financeira pessoal, objetivos claros, espaço entre receitas e despesas, certamente sua cabeça poderá navegar livremente pela sua atividade profissional sem ficar vagando pelos seus problemas.
Do grupo de 22% de empregados com dificuldades financeiras, 56% apresentam um alto nível de estresse pessoal. Quando questionados sobre o que pensam sobre sua condição de saúde, apenas 47% afirmam ter uma saúde muito boa, enquanto que entre os despreocupados esse número salta para 71%. Isso resulta em um maior uso do plano de saúde e um consequente aumento na sinistralidade e queda da produtividade nas empresas.
Para evitar o endividamento dos profissionais e garantir que estes problemas não interfiram no trabalho, muitas empresas têm apostado na educação financeira, e a demanda por programas dessa natureza vem crescendo nos últimos tempos. De acordo com um outro levantamento da Willis Towers Watson, consultoria internacional e também responsável pela pesquisa Global Benefits Attitudes, 66% do total de companhias estudadas já possuem ou planejam implementar até 2018 ações específicas para incluir o bem-estar financeiro dos funcionários no radar.
Para especialistas, o tema educação financeira deveria ser tratado a partir dos seis anos de idade nas escolas, a exemplo do que fazem outros países, como Singapura. O grande problema dos cidadãos não é negligência, mas sim desconhecimento. O assunto não é inserido desde cedo, mas há um público sedento por este tipo de informação. Já nas empresas, a metodologia mais usada é iniciar com palestras para o grande público, avançar em workshops com vivências e exercícios para grupos menores, e, na evolução, o trabalho individual e customizado.
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