Teoricamente, os smartphones nos fazem mais produtivos, certo? Não é bem assim, segundo um artigo na The Wall Srteet Journal. Segundo a matéria, ter um dispositivo deste tipo é basicamente como se você acordasse toda manhã com o corpo conectado a um teclado, monitor, receptor de wi-fi, computador, máquina fotográfica e aparelho de som. No entanto, apesar das estimativas apontarem para 130 milhões de smartphones apenas nos Estados Unidos, os especialistas não conseguem detectar os efeitos que eles têm na economia e como eles estão melhorando a produtividade dos trabalhadores.
Os números oficiais de produtividade dos EUA são baixos quando comparados ao impressionante ganho anual de 3% da primeira era da internet, aproximadamente entre 1995 e 2004. De fato, o crescimento da produtividade anual desde 2004 tem sido em torno de 1,5%, abaixo até mesmo da média de longo prazo, de 2,25%. Por definição, um aumento na produtividade reduz a quantidade de mão de obra necessária, aumenta a produção existente, ou ambos. Partindo deste princípio, os estudiosos do mercado afirmam que o iPhone e afins não fazem absolutamente nada para melhorar a produtividade.
É impossível bater o martelo, mas de acordo com o que tem se visto, podemos estar superestimando o modo como os smartphones podem afetar nosso padrão de vida. E a questão mais importante parece ser: podemos encontrar um aspecto das nossas vidas ou das empresas que não está sendo afetado por esses dispositivos?
Pequenos avanços na produtividade, alavancados pelo uso de dispositivos móveis, existem sem dúvida. Considere como exemplo os serviços de táxi e os aplicativos para ajudar motoristas e passageiros a localizarem uns aos outros rapidamente. A economia de tempo e combustível, assim como a redução de problemas, é evidente. Segundo um destes serviços, os motoristas de táxi nos EUA que usam seu sistema ganham US$ 10 mil a mais por ano do que os que não o usam. Resultado: mais produção, por menos.
Para os analistas que tentam calcular os efeitos econômicos da tecnologia, a parte mais difícil é identificar todos esses pequenos avanços na economia afora, especialmente na área de serviços. Além disso, com frequência a tecnologia muda mais rápido do que as pessoas. E a disseminação do seu espólio nem sempre ocorre de forma ampla. Um motivo para os lucros corporativos continuarem altos e o emprego global permanecer em baixa é que a tecnologia, não as pessoas, está fazendo a maior parte do trabalho. Um investidor de capital de risco chega a descrever o futuro como um mundo de duas classes: a dos que programam as máquinas e a dos que são programados por elas.
Segundo o artigo, no geral, estamos agora nos voltando para um mundo em que o teórico J.C.R. Licklider previu em 1960: “Não levará muitos anos, os cérebros humanos e as máquinas de computação vão estar firmemente unidos”, escreveu ele, e “a parceria resultante vai pensar como um cérebro humano jamais pensou e processar dados de uma forma nunca abordada pelas máquinas que processam informação hoje”. Há alguma dúvida de que isso está acontecendo agora mesmo?
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