O trabalho social também pode ser remunerado. Um levantamento feito pelo SENAC aponta que as organizações não governamentais (ONGs) empregam 1,7 milhão de trabalhadores, além do quadro de voluntários. Segundo matéria do Estadão, a maioria das contratações está na área da saúde e da educação. Os números animam quem deseja abandonar o trabalho na iniciativa privada para seguir carreira na “causa social”.
No entanto, em muitos casos, esta escolha acarreta uma diminuição do salário. Com o crescimento da preocupação da comunidade internacional com a sustentabilidade, também vem aumentando o número de ONGs que atuam na área ambiental. É importante que estas organizações busquem cada vez mais profissionais qualificados e invistam na estruturação para garantir sua sobrevivência.
Com a melhora na economia brasileira, as ONGs nacionais perderam muitos recursos internacionais para os países da África. Segundo o professor do SENAC responsável pela pesquisa, se não houver investimento em qualificação profissional e, principalmente, de gestão, certamente a situação pode ficar difícil.
Em alguns casos, quem deixa as ONGs para procurar emprego na iniciativa privada encontra uma certa resistência. Em compensação algumas companhias valorizam o profissional vindo das ONGs pelas seguintes razões: saber administrar recursos escassos, uma das necessidades do mundo corporativo; conseguir gerenciar e administrar prioridades, já que essas instituições não contam com muitos investimentos para desenvolver seus projetos; ter facilidade para captar recursos e conquistar novos apoiadores; trabalhar em equipe. São quatro competências consideradas importantes para qualquer corporação que deseja crescer e conter gastos.