Recentemente, dez funcionários de uma empresa financeira passaram quatro semanas numa região rural da Índia, ajudando mulheres a examinar costuras e definir preços de confecções que seriam vendidas vendidas em mercados locais. Depois de trabalhar nove horas por dia, eles dormiam em uma pousada frequentada por gente da comunidade, com pouco acesso a eletricidade e água quente. Depois da experiência, o grupo considerou essa temporada um trabalho gratificante.
A empresa faz parte de um número crescente de grandes empresas que estão enviando pequenas equipes de funcionários para países em desenvolvimento, como Índia, Gana, Nigéria e até o Brasil, para prestar consultoria gratuitamente a organizações sem fins lucrativos e outras entidades. Um dos principais objetivos: descobrir oportunidades de negócios em mercados emergentes promissores.
Apesar da perspectiva de passar longos dias de trabalho em ambientes nada confortáveis, muitos funcionários consideram essa experiência em outros países como um verdadeiro prêmio. Normalmente, há muito mais candidatos do que vagas: a Intel, por exemplo, diz que apenas cerca de 5% dos candidatos conseguem uma vaga no seu Corpo de Serviços de Educação.
Os programas geram boas relações públicas, tanto interna como externamente, graças à cobertura dos meios de comunicação e aos blogs que muitos participantes escrevem sobre seu trabalho em campo. As empresas ganham reconhecimento local da marca nos mercados em que desejam entrar. Executivos das empresas também dizem que esses programas populares podem ajudar a recrutar talentos de que a firma necessita e manter seus funcionários mais talentosos.
A missões no exterior podem servir como um campo de treinamento para futuros líderes. Caroline Roan, vice-presidente de responsabilidade corporativa e presidente da Fundação Pfizer, diz que algumas das 270 pessoas que a gigante farmacêutica já enviou a outros países descrevem a experiência “como um mini-M.B.A.”. “Eles desenvolvem novas habilidades, em parte porque às vezes são colocados em situações fora da sua área de experiência, o que tende a tornar as pessoas mais criativas“, diz ela.
Fonte: The Wall Street Journal