Cresce rotatividade de CEOs no Brasil

A taxa de rotatividade dos profissionais que comandam as empresas no Brasil registrou crescimento significativo, passando de 16,8%, em 2010, para 22,8%, no ano passado, contra a média global de 14,2%. Os dados são da 12ª edição da pesquisa CEO Succession e foram divulgados pelo jornal O Globo. E, embora a maior parte das trocas tenha sido transições planejadas, muitos CEOs foram demitidos por não atingirem os resultados esperados.

De acordo com o estudo, na tentativa de corrigir rapidamente o rumo dos negócios, 71% das organizações brasileiras que trocaram o comando preferiram buscar um substituto nos seus quadros internos do que ir diretamente ao mercado. Esta atitude é salutar, pois, via de regra, a pessoa que está assumindo já conhece a empresa, os negócios, sua cultura e os funcionários. Além disso, fica no ar a ideia de valorização dos profissionais da casa, pois os demais funcionários percebem que uma chance de promoção existe para eles também.

O estudo registra ainda que, com esse movimento das companhias, nove entre cada dez executivos que assumiram o cargo de CEO no Brasil no ano passado nunca haviam ocupado o posto. No geral, foram indicados profissionais mais jovens que os anteriores, que tinham idade média de 50 anos. A pesquisa mostra também que a efetividade dos dirigentes formados “em casa” é comprovada ao longo do tempo. Entre 2008 e 2011, eles conseguiram um retorno quatro vezes maior para os acionistas do que aqueles que vieram do mercado. Além disso, a pesquisa mostra que seus mandatos costumam ser mais longos e eles permanecem, em média, um ano a mais no cargo.

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