Maioria dos brasileiros não está engajada

Uma pesquisa comandada por uma organização que realiza estudos relacionados aos comportamentos humanos no mundo corporativo, a Towers Watson, atesta que 79% dos trabalhadores brasileiros não estão engajados com suas atividades profissionais, ou seja, não trabalham com paixão tampouco têm um sentimento de conexão com a empregadora. Desse contingente, 18% são “ativamente desengajados”. São profissionais que além de apresentarem as características acima ainda mostram atitude negativa com relação ao trabalho e à companhia e são responsáveis por destruir o valor criado por seus colegas na organização. Em outras palavras: as maçãs podres que contaminam o saco todo.

A falta de engajamento dos colaboradores reflete diretamente na produtividade. Alguém desmotivado não apresenta disposição para trabalhar e isso afeta de maneira importante os resultados da companhia. Em relação aos que não apenas estão na empresa por inércia, mas também se esforçam em detonar a imagem da corporação, especialistas dizem ser importante remediá-los: destruir é muito mais fácil e rápido do que construir, portanto, todo cuidado com esse público é pouco.

Imagem: internet

Eles explicam que o nível de engajamento de um colaborador está atrelado basicamente a quatro pontos: saber exatamente o que a companhia espera dele; sentir-se valorizado; ter espaço para ser participativo e condições de aprendizado. Se um desses itens vai mal, o funcionário fatalmente deixará de vestir cegamente a camisa. No máximo, vai experimentá-la por um tempo.

O fato de os quatro fatores estarem intimamente ligados às atribuições de um bom líder poderia ser um indicador de que as coisas podem melhorar. Basta que esses superiores sejam engajados, sensíveis e, com isso, motivem suas equipes. A afirmação estaria correta não fosse outro dado, também preocupante, da pesquisa. Do total de gestores questionados, 19% são “ativamente desengajados”. É como deixar uma raposa cuidar de um rebanho de carneiros. Os resultados levantam uma questão interessante, até paradoxal: numa época em que as pessoas são tidas como os grandes diferenciais competitivos das companhias e, portanto, recebem atenção, carinho, dedicação (e dinheiro, claro) de suas empregadoras, o que justifica o baixo grau de engajamento dos colaboradores?

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