Ambiente de trabalho de resultados

Flexibilização é uma das palavras recorrentes quando se fala sobre os ambientes de trabalho modernos. É uma tendência real a de que empresas estão tendo que se adaptar às demandas dos profissionais contemporâneos, que podem ter origem nos avanços da tecnologia móvel, ou mesmo nas características da rotina de quem mora em uma cidade grande, por exemplo.

Essa flexibilização ocorre tanto no horário de trabalho como no espaço e na autonomia dos funcionários. Uma forte tendência que está crescendo é chamada de Rowe (Results Only Work Environment), algo como “ambiente de trabalho de resultados”, uma estratégia de recursos humanos na qual a empresa deixa de controlar o horário e o local de trabalho dos funcionários focando apenas no resultado. O que importa, neste caso, é a qualidade do trabalho e o cumprimento de prazos e metas.

Segundo especialistas, as pessoas querem fazer suas próprias agendas, não querem ir para o trabalho todos os dias, enfrentar trânsito das metrópoles, ainda mais se podem realizar o mesmo trabalho de casa. Estudos têm comprovado que o home office aumenta a produtividade em mais de 10%. Além disso, dar mais autonomia para os empregados diminui a rotatividade no quadro de funcionários.

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A gestão do tempo para o funcionário é algo muito valorizado atualmente. Para gestores adeptos desta estratégia, poder levar os filhos na escola, evitar sair em um horário de maior trânsito, ou mesmo poder cuidar de assuntos pessoais aumenta a qualidade de vida e a satisfação com o trabalho. Dar mais autonomia, portanto, é uma forte ferramenta de retenção e também favorece profissionais mais inquietos e dinâmicos a permanecerem mais tempo na mesma empresa. Isso porque, hoje, as empresas valorizam a criatividade, enquanto antigamente queriam mais disciplina.

Para os especialistas, é uma questão de tempo de adaptação para que empresa, chefes e funcionários vejam os benefícios da flexibilização. Para os gestores que não se sentem seguros ou desconfiam dos empregados quando não estão os vendo trabalhar, existem recursos que podem auxiliar nesse processo, por meio de ferramentas que ajudam o gestor a controlar a equipe mesmo quando o funcionário está fazendo home office. Além disso, se este funcionário tiver metas bem estruturadas, adequadas ao seu cargo e capacidade, o gestor não precisa fazer um controle intensivo.

O maior desafio para a disseminação de ambientes de trabalho mais flexíveis no Brasil, no entanto, é a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), que reforça que as empresas tenham controle da produção, jornada e local de trabalho de seus funcionários. O desafio do mundo corporativo é encontrar outras formas dentro da lei para se adaptar a demanda atual.

Este modelo já é comum em startups e empresas voltadas para tecnologia e internet, onde grande parte do quadro de funcionários é formado por jovens. Quando grandes empresas começarem a adotar isso mais frequentemente, vão gerar um efeito de demonstração importante para a disseminação dessas práticas.

Fonte: Porvir

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