Um debate realizado em maio, em São Paulo, baseou-se no livro “Faça acontecer: Mulheres, trabalho e vontade de liderar”, da americana Sheryl Sandberg, para abordar o tema dos desafios das lideranças femininas e a desigualdade de gênero. Segundo os especialistas participantes, desde 2002 a quantidade de cargos de liderança ocupados por mulheres não cresce.
Nos cargos parlamentares, somente 13% são mulheres, e em cargos de diretoria executiva ou em conselhos de administração, apenas 15%. A lista de obstáculos para elas no ambiente corporativo não é pequena. Ela inclui itens como machismo, assédio sexual, insegurança de pedir flexibilidade no horário de trabalho, negociar o próprio salário, assumir responsabilidades e o medo de se impor entre os homens.
No Brasil, os avanços para a igualdade de gêneros nas empresas são tímidos, de acordo com os participantes. A sociedade ainda é muito excludente e a falta de educação social faze parte dos impasses para enfrentar, refletir e evoluir sobre o espaço da mulher no mercado de trabalho.
Para a sócia do escritório de advocacia norte-americano Ropes & Gray, Colleen Conry, a justiça no trabalho deve ser construída gradativamente e a mulher deve se encorajar e assumir a responsabilidade. Além disso, não se deve tratar o assunto como uma proposta de luta, mas sim um engajamento tanto da mulher como do homem, um entrosamento de ambos, visando a evolução de pensamento para o progresso de um meio corporativo igualitário, livre de estereótipos.
Informações: Revista Melhor
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