Você provavelmente tem um amigo que vive se queixando do volume de trabalho e você mesmo já se pegou dizendo por aí que está sobrecarregado. Muitas vezes, as horas são mesmo curtas para tantas tarefas a cumprir – e as equipes cada vez mais enxutas contribuem bastante para isso. Mas às vezes, com a correria do dia-a-dia, as pessoas acreditam que estão trabalhando demais. Como geralmente se passa mais tempo no local de trabalho do que em casa, esta sensação pode até significar um excesso de tarefas, mas nem sempre isso é verdade.
Pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, realizaram um levantamento que revelou que profissionais tendem a exagerar quando falam sobre a própria carga horária de trabalho em 5% a 10%. Para chegar a esta conclusão, o estudo teve dois momentos: no primeiro, foi ouvido sobre a quantidade de tempo que as pessoas estimavam trabalhar. Na segunda etapa, estes mesmos entrevistados mantiveram um diário para relatar todas as suas atividades semanais relacionadas ao trabalho.
Seja por não mensurar corretamente ou pelo desejo de soar mais comprometido, ou ainda por uma combinação dos dois fatores, o resultado encontrado foi que a maioria das pessoas superestima a carga de trabalho. Exemplo: pessoas que relataram trabalhar 40 horas semanais não passaram de 37 horas de expediente. E quem disse que cumpre tarefas profissionais por 75 horas, trabalha, na verdade, cerca de 50 horas. Este detalhe mostra também que quanto mais alguém acha que trabalha, maior é a discrepância com a realidade.
A superestima de horas de trabalho também foi apontada pelos pesquisadores em outros países, como Bélgica, Rússia, China e Japão. O Brasil não entrou na pesquisa, mas vale o exercício: que tal tentar mensurar os momentos realmente produtivos, a fim de melhorar a qualidade do seu tempo de expediente?
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